Suas lágrimas não significavam nada além de dor. Era um sofrimento contínuo resguardado no fundo do peito, soterrado por memórias tortuosas e dias apagados pelo tempo, porém não foram esquecidos. Essa leve camada de poeira indicava a visita interrompida, mas o vazio crescente não sentia falta do som atordoante dos risos tímidos e gargalhadas escandalosas.
O tempo fez o que devia ser feito. Empurrou para longe a dor, porém não agiu como anestésico. O tempo não cura, e ele pôde entender isto anos depois quando era tarde demais. Aquela camada grossa de poeira não foi suficiente para fazê-lo esquecer.
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